O perigo do "se"
O "se" é algo perigoso, e eu sou levada a ele com frequência... Como seria "se" estivesse aqui? Estaríamos juntos? Dois filhos e dois cachorros? Três filhos e uns peixinhos no aquário? O amor seria o mesmo? Ainda mais seletivo? Menos intenso? Cheio de planos? Seria meu parceiro de insônia? Será que gostaria das minhas séries? Ainda iria segurar o baldinho de pipoca? O "se" é algo perigoso... Mas como seria "se" eu chegasse do trabalho e tivesse alegria em voltar para casa? Massagem com aquelas suas mãos que pareciam se moldar ao meu corpo ou era meu corpo que se moldava as suas mãos? Seu cheiro no banheiro, no meu cabelo, em mim... A inebriante sensação de acordar, após minha briga contra o sono e ouvir o seu "bom dia, o que quer para o café? Ah os perigos do "se"... E o chá sagrado de toda noite, que eu até faço na sua ausência, mas, caramba! Nunca é igual... Os planos para as férias? É eu sei eu preciso tirar féria...