Dias sem armadura
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A coisa mais pesada que já enfrentei e enfrento é ter me TORNADO FILHA ÚNICA.... E SIM, ESSE É UM TEXTO SOBRE MEU IRMÃO, UM DOS POUCOS QUE COMPARTILHO E UM DOS MUITOS QUE ESCREVI NESSES QUASE TRÊS ANOS SEM ELE...
Alguns dias consigo ouvir, falar e pensar nele ou sobre ele sem chorar, ou sem qualquer outro sentimento que eu tenha vontade de controlar, o que não é o caso de hoje e destes últimos dias, tem sido dias em estou sem qualquer armadura que adquiri com a vida, aí a coisa pega...
Não acredito que tenha uma forma correta de reaprender a vida sem a presença de alguém que sempre esteve ali, não acredito que algumas perdas possam ser totalmente superadas, acho que na verdade, aprendemos a lidar com isso, de uma forma nova e única para cada dia, não sei se é certo falar ou não falar da pessoa,mas acredito que o luto não pode ser uma prisão, acredito que a vida acabe apenas para quem vai, embora quem fique, fique também com a sensação de perda de sentido, razão ou algo assim...
Não acredito que a dor da saudade passe, acho mesmo que se torna em algum momento mais tolerável. Não acredito que tenha feito ao meu irmão tudo de forma certa, existem coisas das quais me arrependo de não ter observado com mais cautela e afeto e com menos exigência e ironicamente, essas coisas são as que mais me faz falta.... Não é um arrependimento que me faz querer voltar no tempo para corrigi-las, é um arrependimento por não ter extraído no momento, coisas que hoje sou perfeitamente capaz de ver. E existem dias em que não me suporto por isso...
Não acredito que tenha uma forma correta de reaprender a vida sem a presença de alguém que sempre esteve ali, não acredito que algumas perdas possam ser totalmente superadas, acho que na verdade, aprendemos a lidar com isso, de uma forma nova e única para cada dia, não sei se é certo falar ou não falar da pessoa,mas acredito que o luto não pode ser uma prisão, acredito que a vida acabe apenas para quem vai, embora quem fique, fique também com a sensação de perda de sentido, razão ou algo assim...
Não acredito que a dor da saudade passe, acho mesmo que se torna em algum momento mais tolerável. Não acredito que tenha feito ao meu irmão tudo de forma certa, existem coisas das quais me arrependo de não ter observado com mais cautela e afeto e com menos exigência e ironicamente, essas coisas são as que mais me faz falta.... Não é um arrependimento que me faz querer voltar no tempo para corrigi-las, é um arrependimento por não ter extraído no momento, coisas que hoje sou perfeitamente capaz de ver. E existem dias em que não me suporto por isso...
Sinto falta do telefone tocando e a voz grossa me perguntando a senha da internet, a senha do computador dele, o dia do pagamento de tal conta, sinto falta da voz, me falando o que vejo agora acontecer.... falta do dom de perder o telefone...
Sinto falta das cordas do meu violão se arrebentando apesar de serem novas, falta das cifras e palhetas sumirem misteriosamente, sinto falta de ter alguém me mandando calar a boca ou mudar de música, pois já era a 14ª vez que eu tocava a mesma música sempre errando a mesma palavra no refrão.....
Me faz falta passar a semana lembrando que segunda era dia de lavar roupa, porque segunda- Feira é uma dia tão foda que o máximo de atividades não prazerosas devem ser dedicadas a ela, me faz falta, virar uma fera por não ver as roupas no lugar para que eu soubesse quais eram as sujas....
A falta me fala dos costumes antigos, mas por vezes é assim que me sinto, um museu sem grandes novidades, a falta me fala do que não pode mais ser vivido, e se eu não posso ter, eu fico imaginando, os sobrinhos que não vão correr na grama, da extensão dele que não existe,assim como ele... A saudade de quem agarra a morte, faz por vezes pensar: Como seria se ele estivesse aqui? É aqui que ser livre assusta e que aceitar nossa vida sem determinada vida assusta... Como entender que esquecer os costumes pode não ser esquecer o "você" agora ausente?
Então sozinha,como estou agora, esperando ouvir la fora sua moto virando a esquina percebo que não dá pra correr o risco de esquecer você.... Ah morte por que tão dura, violenta, e repentina? Porque separar corpos sonhos e pessoas???
E tu em Dona vida que coisinha mais clichê você não nos ensinar a dizer adeus, que piegas vivermos a lembrar de quem amamos na falta que ela faz.... Que joguinho baixo dona vida arrancar a armadura para notarmos que algumas feridas sempre precisarão de cuidados...
A falta me fala dos costumes antigos, mas por vezes é assim que me sinto, um museu sem grandes novidades, a falta me fala do que não pode mais ser vivido, e se eu não posso ter, eu fico imaginando, os sobrinhos que não vão correr na grama, da extensão dele que não existe,assim como ele... A saudade de quem agarra a morte, faz por vezes pensar: Como seria se ele estivesse aqui? É aqui que ser livre assusta e que aceitar nossa vida sem determinada vida assusta... Como entender que esquecer os costumes pode não ser esquecer o "você" agora ausente?
Então sozinha,como estou agora, esperando ouvir la fora sua moto virando a esquina percebo que não dá pra correr o risco de esquecer você.... Ah morte por que tão dura, violenta, e repentina? Porque separar corpos sonhos e pessoas???
E tu em Dona vida que coisinha mais clichê você não nos ensinar a dizer adeus, que piegas vivermos a lembrar de quem amamos na falta que ela faz.... Que joguinho baixo dona vida arrancar a armadura para notarmos que algumas feridas sempre precisarão de cuidados...
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Obrigada por ler, Deus te abençoe grandemente