Do alto dos meus 21
A cada ano que passa aprendendo mais de mim, mais de Deus,
mais do que eu quero ser e mais do que Deus quer que eu seja. A cada aproximar
de setembro olho pra trás e tento me recordar de tudo o que vivi tudo que
aprendi tudo o que deixei de ser e principalmente o que me tornei e hoje não
será diferente, tirei o dia pra vasculhar as gavetas dos 21 anos, revejo e
revivo tudo outra vez de formas diferentes, com menos dor, menos intensidade
pode ser que me arrependa de ter deixado algumas coisas passarem, mas de que me
importa se cresço ao final da arrumação, não se trata de pegar de volta minhas
dores e traze-las para o presente e sim de olhar tudo com olhos clínicos
tomando cada gotícula de aprendizagem que ainda resta, recoloco tudo em seu devido
lugar nas gavetas. Gosto de pensar que somos um armário enorme e cheio de
gavetas, algumas coisas jogamos fora pra nunca mais vermos, outras vão para o
arquivo morto para que quando precisarmos saibamos o que fazer e outras
colocamos em uma gaveta especifica escrita em letras garrafais “vou levar pra
sempre”.
Hoje no alto dos meus 21 que estão com dias contados, jogo
fora não cada traição que sofri, mas a dor magoa e ódio que senti ao lembrar-me
do que fizeram, para o arquivo morto mando as pessoas causadoras de magoas para
me servirem de lembretes de sempre continuar sendo observadora, de que as
pessoas são não verdade mais transparentes do que se julgam ser, e para a
gaveta do “vou levar pra sempre” coloco todo crescimento e sei que cresci muito
e como cresci, coloco cada experiência com Deus cada presente dado por ele.
Entre eles Brunna, Debora, Millena e Suellen, não por que elas são mais
especiais que os outros e sim porque elas me fazem mais especiais que todos os
outros, porque foi no colo da Brunna que tive um vislumbre do colo de Deus me
arrancando toda a dor, porque foi ao lado da Brunna que estou ativando meu modo
“fofo” porque ela me manda orar, estudar
violão e buscar em mim mesma quem sou e em Deus o que ainda virei a ser, porque
foi com a Debora que descobri que minha pirraça fere as pessoas e a mim também
por tê-las ferido, foi com a Debora que
aprendia a não desistir das pessoas a acreditar que elas podem ser melhor,
porque com a Millena venho tendo a honra
de aprender há 7 lindos anos, aprendi que o silencio fala mais, que a ausência
revela a importância da pessoa, aprendi que se Deus promete ele faz ainda que o
mundo diga vai morrer, porque com a Millena descobri que segurar em meus braços
um pedacinho de uma pessoa tão importante é espetacular , poder chama-lo de
sobrinho é maravilhoso de mais pra colocar no papel , e com a Suellen... Ah com a Suh aprendo que
ainda que eu nada conheça o que vivo sempre ajudará alguém de alguma forma,
aprendi a queimar balaios, e que correntes são incríveis métodos de tortura,
que posso falar de certos assuntos sem o tabu que a sociedade me impõe... As amo tanto, pelo que elas me trazem, pelo
brilho nos olhos que só é verdadeiro com elas, as noites de cura e libertação
de um passado que tem que ficar no passado. Pelo abraço que acalma e pelo riso
espontâneo ao ser pega comendo um enorme pedaço de bolo, e quem poderá dizer
que não tenho ninguém pra me defender? Tenho 3 lindas muralhas uma tão grande
que bate nas pessoas pra me defender, uma tão pequena e meiga que dá vontade de
colocar no colo e duas psicoamigas que
puxam minhas orelhas com seus conselhos irritantemente infalíveis....
Quanto aos sofrimentos e traições deixo que eles me ensinem
que a dor me faz melhor , que as vezes não basta só colocar um ponto final e
virar a pagina, as vezes é preciso trocar o livro e começar a historia do zero
e embora isso não seja agradável se torna possível com muita força, amizade e
delicadeza e uma gotinha de maldade e muito mas muito amor próprio ah e sem
falar na graça e amor de Deus neh.....
Enfim 22 venha logo, estou te esperando ansiosa
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Obrigada por ler, Deus te abençoe grandemente